terça-feira, 13 de julho de 2010

Voz do Brasil

De início para quem não sabe...Estou de férias! Pois é... Mas não sei se nasci para ser matemático... Infelizmente tive que passar um ano e meio na USP para descobrir isto... ¬¬º

Acontece... Pois bem, mas vamos falar de coisas boas, pretendo iniciar ano que vem talvez outra graduação... Mas por hora vamos manter o que temos... E o mundo da voltas...

Mas o que me trouxe a novamente postar, além do óbvio ócio ao qual estou entregue atualmente, foi uma notícia no mínimo intrigante. Ao navegar despretenciosamente pela internet semana passada - e já que este blog é destinado a opiniões e não a atualidades, posso me dar ao luxo de considerar novidade - li em vários sites de notícias que o programa "VOZ DO BRASIL" que vai ao ar diariamente as 19 desde o tempo que ainda assobiavam para a minha avó, agora terá horário flexível por que estava "atrapalhando" a audiência das emissoras de rádio... Eai eu me pergunto. E a propagando política obrigatória não atrapalha? Por que somos obrigados a olhar para a cara destes bandido enquanto eles nos enganam descaradamente mas não somos obrigados a ouvir o que eles tem feito por nós lá em Brasília?

Vai me dizer que você nunca deligou a TV e voltou uma hora e meia depois por causa da propaganda política obrigatória? Achei o cúmulo.

"Voz do Brasil" é um programa antiquíssimo e necessário. Deveríamos mantê-lo no mesmo horário. Assim como as propagandas politicas que são colocadas no horário nobre da televisão (que de nobre não tem nada, pelo amor de Deus, que diabos tem de nobre em uma novela das oito??? ) o programa Voz do Brasil deveria manter-se neste horário, que é acessível a todos, afinal sabemos que as emissoras irão colocá-lo as 23h... Apenas porque ainda não podem mudá-lo para as 4h da manhã...

Outro fato interessante que vi hoje no noticiário é que nós agora poderemos denunciar propagandas políticas irregulares... Mas... Não sorria ainda, as denúncias NÃO poderão ser anônimas... Muito esperto da partde deles não? Quem vai ser besta de peitar algum destes coronéis e colocar o seu nome no site para denunciá-los... Ah faça-me o favor neah?

Isso me lembra dos primeiros dias de USP quando me esgueirava pelos corredores com medo de levar um trote violento e um dos veteranos me disse, enquanto "zuava" um outro bixo: "Quer ligar para o disk trote é? Então liga, procura o Mococa lá e diz que quem te deu trote foi o Garça!!!"

É por estes e outros muitos motivos que eu amo de paixão o País da piada pronta...

terça-feira, 7 de julho de 2009

A USP, e as novidades

Pois é, o tempo passa, a faculdade cada dia mais difícil, mas agora voltei e vamos ver se consigo reviver este blog, é difícil mas...

Bom..

Enquanto estava ocupadíssimo fazendo N coisas... Entre outros, Michael Jackson mOrrEu... e o iPhone 3G foi desbloqueado por um neRd. de 17 anos.

Too bad.

Então agora o que dizer, estou desatualizado e meio que sem criatividade, na verdade estou vivendo um momento meio Exato demais, depois que comecei a fazer Matemática, realmente, sinto que cada a cada que passa me torno menos sentimental. Mas vamos que vamos.

A faculdade é demais, difícil - como o esperado - e interessante. Interessante em todos os sentidos que a palavra possa possuir. Viver em comunidade depois de se passar dezoito anos apenas morando com uma pessoa, minha mãe no caso, é uma experiência ímpar. De repente eu estou deitado na minha cama e no dia seguinte eu tenho que bater na porta para poder entrar no "meu quarto". Aff...

Tenho que compartilhar a cozinha com pessoas que jamais vi. Limpar sujeira que é minha, dividir a intimidade de um banho falando de futebol com mais três caras... Owh... É, tudo o que meus professores diziam era verdade (óóóóóóóó) a facul te ensina a viver.

Professores que simplesmente reprovam 100% da turma porque... É.. porque mesmo? (pois é.. nem eles sabem.. apenas dizem que a turma não está preparada para a próxima matéria e que o próprio não quer sujar o nome aprovando incapazes). uOwh...

Sem contar os próprios alunos que sabe Deus porque, estudaram e se mataram tanto para serem aprovados em uma universidade públida para depois passarem o dia inteiro bebendo e fumando no bar da facul (bar da facul porque fica literalmente, dentro da facul...), dá para entender

Abraços moçada...

Fiquem na paz e logo volto com um texto mais útil a vocês e não só mais um desabafo pessoal...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Desejo - Victor Hugo

Desejo
Victor Hugo - França - *1802 +1885

Desejo primeiro que você ame,E que amando, também seja amado.E que se não for, seja breve em esquecer.E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,Que mesmo maus e inconseqüentes,Sejam corajosos e fiéis,E que pelo menos num delesVocê possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,Desejo ainda que você tenha inimigos.Nem muitos, nem poucos,Mas na medida exata para que, algumas vezes,Você se interpele a respeitoDe suas próprias certezas.E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,Para que você não se sinta demasiado seguro.Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.E que nos maus momentos,Quando não restar mais nada,Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,Mas com os que erram muito e irremediavelmente,E que fazendo bom uso dessa tolerância,Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,Não amadureça depressa demais,E que sendo maduro, não insista em rejuvenescerE que sendo velho, não se dedique ao desespero.Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dorÉ preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,Não o ano todo, mas apenas um dia.Mas que nesse dia descubraQue o riso diário é bom,O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,Com o máximo de urgência,Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,Alimente um cuco e ouça o joão-de-barroErguer triunfante o seu canto matinalPorque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,Por mais minúscula que seja,E acompanhe o seu crescimento,Para que você saiba de quantasMuitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,Porque é preciso ser prático.E que pelo menos uma vez por anoColoque um pouco deleNa sua frente e diga “Isso é meu”,Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,Por ele e por você,Mas que se morrer, você possa chorarSem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,Tenha uma boa mulher,E que sendo mulher,Tenha um bom homemE que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,E quando estiverem exaustos e sorridentes,Ainda haja amor para recomeçar.E se tudo isso acontecer,Não tenho mais nada a te desejar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A Correspondência de Fradique Mendes

Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: - todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. Na língua verdadeiramente reside a nacionalidade; e quem for possuindo com crescente perfeição os idiomas da Europa vai gradualmente sofrendo uma desnacionalização. Não há já para ele o especial e exclusivo encanto da «fala materna» com as suas influências afectivas, que o envolvem, o isolam das outras raças; e o cosmopolitismo do verbo irremediavelmente lhe dá o cosmopolitismo do carácter. Por isso o poliglota nunca é patriota. Com cada idioma alheio que assimila, introduzem-se-lhe no organismo moral modos alheios de pensar, modos alheios de sentir. O seu patriotismo desaparece, diluído em estrangeirismo. «Rue de Rivoli», «Calle d’Alcalá», «Regent Street», «Willhelm Strasse» - que lhe importa? Todas são ruas, de pedra ou de macadame. Em todas a fala ambiente lhe oferece um elemento natural e congénere onde o seu espírito se move livremente, espontaneamente, sem hesitações, sem atritos. E como pelo verbo, que é o instrumento essencial da fusão humana, se pode fundir com todas – em todas sente e aceita uma pátria.
Por outro lado, o esforço contínuo de um homem para se exprimir, com genuína e exacta propriedade de construção e de acento, em idiomas estranhos – isto é, o esforço para se confundir com gentes estranhas no que elas têm de essencialmente característico, o verbo - apaga nele toda a individualidade nativa. Ao fim de anos esse habilidoso, que chegou a falar absolutamente bem outras línguas além da sua, perdeu toda a originalidade de espírito - porque as suas ideias forçosamente devem ter a natureza incaracterística e neutra adaptadas às línguas mais opostas em carácter e génio. Devem, de facto, ser como aqueles «corpos de pobre» de que tão tristemente fala o povo – «que cabem bem na roupa de toda a gente».
Além disso, o propósito de pronunciar com perfeição línguas estrangeiras constitui uma lamentável sabujice com o estrangeiro. Há aí, diante dele, como o desejo servil de «não sermos nós mesmos», de nos fundirmos nele, no que ele tem de mais seu, de mais próprio, o vocábulo. Ora isto é uma abdicação de dignidade nacional. Não, minha senhora! Falemos nobremente mal, patrioticamente mal, as línguas dos outros! Mesmo porque aos estrangeiros o poliglota só inspira desconfiança, como ser que não tem raízes, nem lar estável – ser que rola através das nacionalidades alheias, sucessivamente se disfarça nelas, e tenta uma instalação de vida em todas porque não é tolerado por nenhuma. Com efeito, se a minha amiga percorrer a «Gazeta dos Tribunais», verá que o perfeito poliglotismo é um instrumento de alta «escroquerie».


(Eça de Queirós)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Não existem pingüins na praia do Guanabara

Pesquisas afirmam: “o brasileiro lê pouco”. Periodicamente publicam-se reportagens e pesquisas que visam à comparação do povo europeu, leitores ávidos, ao brasileiro. Tamanha prova de ignorância e ingenuidade a mídia não poderia dar. Comparar o Brasil – Imprensa régia, 1808 – com o continente natal de Gutemberg, chega a tirar a credibilidade das instituições de ensino que expeliram estes jornalistas/pesquisadores.
Em média um livro custa R$ 40,00 ao passo que um jogo de console US$ 70,00, ou seja, está correta a afirmação: “brasileiros lêem pouco devido ao preço do livro”? Qual a base destes pesquisadores para proferir tal frase? Pesquisa – investigação e estudo, minudentes e sistemáticos para averiguar a verdade.
O Brasil torna-se país, deixa de ser colônia, em 1808 – 200 anos – Aquém eram apenas um cruzamento da súcia de Portugal com índios e escravos, todos analfabetos. Assim como ursos polares não surfam, colocar um brasileiro analfabeto e acostumado a viver nu na praia quente, trancafiado frente às páginas e páginas de introspecção em preto e branco, vestindo roupas feitas para a neve européia não deu muito certo.
Em 1926 somente que surgem as primeiras editoras em São Paulo e doze anos depois em 1938 foi criado o INEP, pois urgia uma instituição para controlar o grande número de publicações daquela época. O brasileiro lê pouco?
Ler é um exercício intelectual, é praticar a concentração e a criatividade, filosofar sobre o mundo e a sociedade. Nem todo brasileiro é como “Pelé”, assim como nem todo ser humano esta apto a ler. Logo quem nasce no continente de Gutemberg e não pode jogar bola na praia lê trancado em casa frente à lareira. Não obstante quem vive no Brasil, onde sua-se na sombra, usa seu tempo livre refrescando-se no mar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eu amo minha vida e não me arrependo de nada!(?)

Um dia você acaba descobrindo que:
_ Nem tudo é perfeito;
_ Muitas vezes você vai precisar fazer algo que, antes achava errado;
_Que as vezes quem você mais ama será quem mais irá te enganar;
_ Entretanto as descobertas fazem você filosorfar e assim crescer;
_ O sentido da vida é a morte, nada mais nada menos, o seu corpo apodrece como qualquer outra matéria morta, mas continuarão as pessoas em que o coração você tocou. Então viva cada segundo intensamente, faça o melhor possível com o que estiver ao seu alcance.
_ O amor é relativo, ele acontece, sim acontece, sempre, não nem sempre. Algumas vezes você se entregará para alguém que no momento parece a pessoa certa, mas ao acordar e olhar para o lado perceberá a verdade, boa ou ruim, mas a verdade.
_ A sinseridade não é boa, não para nós humanos que erramos e pecamos. Seja sincero, não minta jamais, entretando fique ciente de que nem sempre será aclamado por isto.
_ Viver não pode se resumir a uma lista desta, na verdade esta lista não serve para nada, foi apenas uma forma encontrada de dizer que:
Viva! Ame! Coma! Viva! Ame! Durma! Viva! Ame! Apaixone-se! e Viva! E se puder, não repita seus erros, mesmo que assim dê a oportunidade para que apareçam outros. Errar faz bem, errar é humano, errar é provar para o mundo que você tentou acertar...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pêndulos

Em “A cabeça do brasileiro”, Alberto Carlos Almeida expõe dados de sua tese sobre a influência da escolaridade na índole humana, já que segundo suas pesquisas, nas decisões referentes à sociedade a escolaridade define decisões melhores. Entretanto, tratando-se de privilégios, tanto analfabetos quanto escolarizados afirmam sua inclinação corruptível.
A educação traz a lucidez, e esta nem sempre é paralela ao bom caráter. A súcia corrupta que parasita o governo, em suma possui escolaridade superior. Assim entende-se que o nível atingido por alguém na escola não garante sua honestidade.
Então ambos os lados, segundo Almeida, demonstram igual interesse em ser exceção, logo admite-se que mesmo tendo mais consciência do mal que podem provocar, alguns bacharéis não resistem à propostas indecorosas.
A índole da evolução tende a selecionar os mais espertos, segundo Darwin: “Sobreviverão apenas aqueles que melhor souberem tirar vantagem do meio, adequando certas características e evoluindo”. Evoluir é utilizar da melhor forma possível o que se possui naturalmente.Almeida comprova então, que a ganância está intrínseca na evolução mental, com a escolaridade alguns seres humanos apenas aperfeiçoam seus golpes.

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